Origem da Aromaterapia
Quem não gosta de sentir um bom aroma não é mesmo? Um cheiro suave e agradável que gera bem-estar e tranquilidade. A aromaterapia traz diversos benefícios para o praticante, sejam eles físicos ou mentais, mas você sabe qual a origem dessa prática? Conhece como ela funciona?
Vamos responder essas perguntas a seguir:
Origem
A utilização de plantas aromáticas por parte de diferentes povos é uma prática milenar. Esses povos, a muito tempo atrás, já acreditavam no poder proveniente do uso terapêutico dos aromas. Os primeiros indícios da prática da aromaterapia podem ser encontrados na antiga literatura Védica, da Índia. Alguns textos históricos da medicina chinesa também relatam sobre o poder e a importância da utilização dos óleos aromáticos para a saúde. A China é um país onde existe uma grande variedade de plantas aromáticas.
Alguns registros produzidos há cerca de 5000 anos atrás, mostram que já existiam destilarias primitivas. Contudo, acredita-se que nelas não eram produzidos óleos essenciais, e sim, loções. Desde tempos remotos acredita-se que o uso dos aromas, além de beneficiar a saúde do indivíduo, também auxilia no seu bem-estar espiritual.
Hipócrates, conhecido como o “pai da medicina”, usava as plantas aromáticas para erradicar a praga em Atenas. Além disso, os soldados romanos também recebiam banhos aromáticos e massagens a fim de se fortalecer. Os Egípcios são os detentores das tradições aromáticas mais significativas, tendo sido considerados uma referência na utilização dos aromas. Médicos de todas as partes do globo buscavam compreender de que forma os egípcios utilizavam os aromas e a que se devia o seu poder nos tratamentos.
O ano 1000 D.C. foi bastante significativo para a aromaterapia, pois ela passou por um processo de modernização através dos trabalhos do médico iraniano Avicenna. Com ele, houve a introdução do método de arrefecimento no processo de destilação, fazendo com que o processo de extração dos óleos essenciais se tornasse mais eficaz e preciso.
Atribui-se a chegada da aromaterapia a terras ocidentais as Cruzadas. Também existem registros que mostram a importância da utilização de óleos essenciais no combate a praga do século XIV. Nos séculos posteriores houve um processo de difusão da prática, a aromaterapia passou a ser mais conhecida. Por volta do século XIX foram realizados experimentos científicos que visavam compreender as propriedades antibacterianas das plantas, o que resultou na descoberta das composições químicas dos óleos essenciais.
Após um hiato nos estudos das composições químicas dos óleos essenciais, essas pesquisas foram retomadas pelo químico francês René Maurice Gattefossé, que se sentiu bastante atraído pelo potencial terapêutico proveniente da utilização de óleos essenciais. Entre as descobertas de Gattefossé estão os benefícios da lavanda no tratamento de queimaduras e os efeitos antissépticos dos óleos essenciais. Além dessas contribuições, foi Gattefossé quem cunhou o termo “aromathérapie”.
Jean Valnet foi um cirurgião francês que também deixou suas contribuições para a disseminação da aromaterapia. Suas pesquisas permitiram que soldados feridos em batalha fossem tratados a base de óleos essenciais. Anos depois, ele utilizou esses óleos essenciais
em pacientes de um hospital psiquiátrico, a utilização obteve bons resultados. No ano de 1964, Jean Valnet publicou o livro que é considerado a bíblia da aromaterapia, o “Aromathérapie”.
Com o passar do tempo, a utilização de aromas foi evoluindo e ganhando novos usos. Em 1950, a terapeuta de beleza Marguerite Maury criou diversas clínicas de aromaterapia na GrãBretanha. Além disso, ela deu aulas para diversos esteticistas, ensinando como utilizar os óleos essenciais em massagens, para oferecer aos clientes um tratamento de rejuvenescimento personalizado.
Nos últimos anos a aromaterapia passou a ser reconhecida como uma forma de tratamento complementar. Algumas pesquisas têm sido feitas com o objetivo de expandir o conhecimento sobre os óleos essenciais e descobrir todas as suas potencialidades.